o passado regressa num espectro de mulher
soletro os dias na espera do amor
para chorar em qualquer habitação segura
e derramar nos móveis todos os papéis queimados
você olha o vidro as folhagens de cedro
e sabe não deter nada
enquanto um passo ao redor do teu
retoma a narrativa do que nunca se disse
parado num arco de corda
na moldura guarnecida
ela acena e retorna
ao que soubesse do amor
nada avisa nada detém
me infiltrei no assoalho de tantas voltas
retorci o arco desta arpa
num giro de dança
o amor não assina debaixo do desenho
não marca os caminhos
não marca os caminhos
Nenhum comentário:
Postar um comentário