domingo

Antes de dizer adeus

Antes de dizer adeus a cidade pode inundar dizerem de uma guerra e que o mundo pode explodir, atravessamos a rua distraídos e entramos num café qualquer porque a paixão ou qualquer nome da existência humana é demasiadamente mais do que a luta silenciosa dos homens, mesmo duas xícaras de café.

 Antes, nunca me senti a vontade de largar tudo nem tamanha vontade de ser outra, a mesma que me chama fundo desde lá o início desta concentração límpida que lancei ao mundo, pois concentração era meu único afazer minha única obrigação com o mundo, mesmo que eu de início não soubesse para que tamanha inspiração ao redor. Tudo me chamava a esse chamado deveria obedecer.

A resposta foi-me entregue anterior a descoberta, por isso, desconhecendo a resposta entregue por minha procura, quando se encontra a chave num arcabouço secreto a chave foi-me dada antes que desvendado o mistério. Entendia os sentidos dos livros e que os personagens se perdiam antes que eu fosse forte as suas confissões, enquanto isso uma corrente me falava de abalos sísmicos, de terremotos, eles sabiam de vinganças.

A resposta que encontro aqui é que é preciso esquecer de alguma coisa que nem sei bem o que é, talvez a própria vontade de procurar-me, sonoridade vaga pelo mundo e estar a vontade com o que fui dentro lá no íntimo quando fugia de mim mesma, quando fugia de todos e as coisas não tinham a menor importância, quer dizer, outras coisas tinham importância não essas.

O amor é agora assim uma perda secreta, uma parte descoberta ou é aquele hemisfério onde pousaram as primeiras bandeiras de um continente a se esvair. Ser tão estranhamente só me dá uma enorme liberdade de ser que quero no momento exato em que descubro a fala mágica do momento, o gesto persuasivo, o olhar terno do outro e saber que a cidade pode se afogar
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