quinta-feira

Uma espécie de perda



Foi-te uma espécie de perda
Começo como se perderam os dias
De uma infância. Falo-te assim como
Quem se despe do corpo
E chega recém-nascida
Aprendestes a respirar
Debaixo d’água e anos depois
Quando as folhas mudaram as estações
Mesmo emergisse dos ares
E nas ruas todos seguiam acontecimentos
Decadentes quando a ciência morria
Outra espécie de perda, mas você disse,
Nos fica os pântanos as botas enlameadas
A efêmera partida de rebanhos e hoje
Voltaríamos com as chaves para a casa
Pela rua do sol da infância. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário