Foi-te
uma espécie de perda
Começo
como se perderam os dias
De uma
infância. Falo-te assim como
Quem se
despe do corpo
E chega
recém-nascida
Aprendestes
a respirar
Debaixo
d’água e anos depois
Quando
as folhas mudaram as estações
Mesmo
emergisse dos ares
E nas
ruas todos seguiam acontecimentos
Decadentes
quando a ciência morria
Outra
espécie de perda, mas você disse,
Nos
fica os pântanos as botas enlameadas
A
efêmera partida de rebanhos e hoje
Voltaríamos
com as chaves para a casa
Pela
rua do sol da infância.
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