Inocente do que não se protege em catedrais ou em lugares sagrados. Ou
até naquilo que se protege e cuida dos perigos da vida. Seria se não soubesse
da bomba atômica, mas da ciência do voo do pássaro, soubesse medir distâncias e
encantos. Não é inocente feito uma mulher que se abre em templo, nem nas
atitudes desmedidas de crianças, seus deslimites ocupa espaços que nos levam a
estar em outras partes, ora juntos ora separados, mas sempre em viagens de
sóis, bebendo dos cântaros as sonoridades da luz. É uma inocência diferente que
os fazem ver como não inocente (por mentalidades), mas não é a mulher inocente
que se transforma em mulher imoral (transgredir, como a mãe que conta histórias
fantasiadas para os niños), quando escutar o segredo maior está no vento. O
resíduo inocente não é o prazer do texto. O resíduo é a parte que sobra e que
não pode ser julgado por coletividade alguma, aquilo que se transforma e se
recria, as respostas do autor póstumo, as dobras, a encenação da obra, que já
não está no momento anterior em que foi significado como alguma coisa, mas está
na paisagem que o gera.Porque a infância não está na infância está na face com
o vento que a gera. Por esta vem a inocência, uma qualidade infante de estar
sempre outra para o mundo. Nascendo ao instante, ao apelo, à deriva, aos
litorais, tocando todas as margens. Ao amor? Qual o prazer?
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