A esfinge devorou os mistérios de um
dia
as manhãs
ainda traziam o cheiro de um pão quente
mas tarde
ficou o espírito sobre a névoa
de um céu
prata.
Foi nos dado
labirintos
para nos
perder intactos
melhor seria
perder-nos
a recriar
esses mistérios
toda parte
ocidental de teu corpo
se traduz na
margem que aceno:
com quem
falarias
se os
rumores das frases erraram nossa extensão
nos
perderíamos por esse universo
em pronta
entrega de qual ciência?
Debaixo d’
água os rumores do mundo
a existência
perecível
como se
fosse tempo de regressos a casa
e a
trajetória inexistente
em silêncio
das coisas desaparecidas
guardar
sobre a alma o ser movente
dessas
areias que esfregam sobre teus pés.
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