quarta-feira

Entre duas escolhas um ponto de equilíbrio


Entre duas escolhas o ponto do equilíbrio, entre a manhã e a madrugada o destino na ponta dos dedos da mulher que sela as cartas com a saliva, da mulher que se esquece de entregá-las porque não há compromisso para o amor porque o amor é a outra metade, a alma dos homens que fazem a revolução e saem para as ruas, hoje esse canto ensurdece, o canto das sereias, o canto de um adeus para um futuro que ainda não nasceu.  Ando saudosista como se a saudade fosse uma maneira para se esquecer de tudo. Esquecer que há um compromisso e seguir a maestria dos antigos em perdê-lo. Dos antigos sábios que ainda erram quaisquer pelas ruas, do cronista que entende a beleza em qualquer perdida multidão.

Eis quando a alma se perde do corpo e eu sinto saudade em esquecer-me.







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