Os sete cercos
um: diria os nômades dessa superfície de musgos que desintregam seu olhar. dois: traria uma porção mágica para abrir os sete cercos. três: saberia dos jardins de Versalhes que não foram plantados com as mais belas flores de toda Paris. quatro: uma mulher na conquista dos espasmos dessas cores. cinco: jardim multicolor tinge de branco e vermelho o leite de seus seios. seis: roma romã o silêncio no deserto de duas lobas. sete: ama do silêncio a língua que se inventa ao ouvir prisioneira dos sete cercos.
hino dos homens por amor a guerra
desterro-exílio nos cercos do coração
de nunca essa terra de nômades pertenceu
a solidão, somos civilização de corpo-cicatriz.
ciranda
esse núcleo muito aberto derrama ao desejo
e prenuncia sua pura distância
em novas maneiras do devir
no instante em seguir
ou ficar em voltas
com as redomas
de um coração.
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