sábado

A palavra de hoje é naufrágio


Deixar viver é tão mais leve perdoar com a certeza de cada manhã seu pensamento alvorecer
dançar a música do vento ao meu redor sem descrever apenas a poética do instante solta
arquetípica mitológica num calcanhar alado: tua prisão ressurge das águas caudalosas?  
desenho sonhos em águas circulares só quero a caravana das sereias
a armadilha das vozes antigas, no exato momento que o tempo ressurge,
para reconhecer a palavra de um naufrágio
costurando nas veias um tecido turquesa
para cismar que o dia foi feito só para isso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário