sábado

Escuto ao guiar o rio



Escuto ao guiar o rio,
Margem a margem, a altura da distância desses lados
Fico de um incomunicável a procura da fonte
Noutro a procura dos mesmos sinais
Mas sinais ou silhuetas que não se revestem sobre
A forma de meu mal, afinal são metades vindas
De onde? Metades que entrego sobre a fronte clara.

Escuto ao guiar o rio
A matéria fina das águas
Malhas fluídas furam
E ferem de ardor
Esta língua cascata.

Entre a terceira
Renasce clara a mulher solar
Dos pássaros. Renasce-a
Sendo quem em mim
Sonda do som
Marítimo porque deságua desfaz. 



Poesia inédita Carol De Bonis.






Nenhum comentário:

Postar um comentário