Escuto ao guiar o rio,
Margem a margem, a altura da distância desses
lados
Fico de um incomunicável a procura da fonte
Noutro a procura dos mesmos sinais
Mas sinais ou silhuetas que não se revestem
sobre
A forma de meu mal, afinal são metades vindas
De onde? Metades que entrego sobre a fronte
clara.
Escuto ao guiar o
rio
A matéria fina das
águas
Malhas fluídas
furam
E ferem de ardor
Esta língua
cascata.
Entre a terceira
Renasce clara a
mulher solar
Dos pássaros. Renasce-a
Sendo quem em mim
Sonda do som
Marítimo porque
deságua desfaz.
Poesia inédita Carol De Bonis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário