domingo

Entre som e o silêncio




Tu vinhas sem um nome e fizestes
Da fábula um berço
Caminho, entre o som e o silêncio.
Vinhas sem nome de um alfabeto ágrafo
Suspenso em um invólucro de nuvens.

Quando fizestes do corpo a nudez
Negastes a luz para fechar os olhos
E ver como as nuvens ficam nuas
Magenta, madureza, música de pisares

O céu. Mas ao vê-la, luz interior,
            Tudo isso sabia de cor

            Como em ti a entrega de um corpo.

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