sábado

Os vestígios


Não fui senão aquela quem procurou dentro de ti
Os vestígios ao intangível, pela doação
De um peito. Coração aberto,
Cicatriza.

Uma rocha de minérios e calcários fostes
Fossem as begônias e um verão,
Cigarros, um sofá, um filme sem legendas,
Enquanto esfumaça e confesso a história
Outra vez, a fábula enterrada no silêncio
Uma vez, todo ouro retirado, em cetim
E o linho branco dos impérios.   

Teríamos radiantes as almas de um destino
Se ao atirassem em precipícios amores
Vidas em abismos, salvos seriam
Por suas dores em cantos.

Seria uma obsessão espraiada
Pelas peças de uma engrenagem
Que faça rodas da dor
Que faça curvas e peripécias com o destino
Para aguardarem as violetas
E as rosas ainda por desabrochar?

O corte brilhante daquele sangue espesso
Cicatrizei com as nadadeiras de um mar profundo.
Quantas profundezas a sondar os mistérios
E os minérios do pensamento?


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário