sábado

Ao destino em que desenhas no ar

Entre duas portas abertas
tua memória avança pela esquerda
noutra fazes caminhá-la para trás.
É cíclico o caminho. Num, mímicos de ensaios leves
noutro, todos de vermelho vendem ingressos da dor.
E pensastes, seria fácil o caminho?

As gavetas antigas suportam os esquecimentos dos homens
as feridas de quando dilacerastes um espelho ainda cicatrizam .
O mundo é um ensaio branco e suas mãos
dançam fantoches de fantásticos contos.
Queríamos desejar a felicidade, mas ficaram as feridas.

Um satélite toca do céu a lua,
um corpo de amor brilha por dentro da vértebra
avessa dessa vértebra, chegas ao destino
em que desenhas circular:  o amor é sempre o amor
com suas saídas nos amamos no ar. 



Nenhum comentário:

Postar um comentário